June 6, 2025 (press release) –
O Brasil atingiu um novo marco em sua trajetória rumo à economia circular. Segundo o 13º Censo da Reciclagem de PET, divulgado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), o país reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET em 2024, o que representa um crescimento de 14,2% em relação ao último levantamento. Esse avanço reforça o papel do PET como o plástico mais reciclado no Brasil e no mundo, impulsionado por uma cadeia produtiva que, apesar dos desafios, tem se mostrado cada vez mais estruturada e eficiente.
O aumento de 51 mil toneladas no volume reciclado entre 2022 e 2024 trouxe também um impacto expressivo na economia, com a cadeia movimentando R$ 5,66 bilhões no último ano. Esse resultado só foi possível graças ao esforço coletivo dos diversos elos da base da reciclagem, que inclui sucateiros, cooperativas e catadores, responsáveis por 89% da coleta de PET no país. Deste total, 54% do material reciclado teve origem em sucateiros, 33% em cooperativas e 2% em catadores individuais. A importância social dessa base é reforçada pelo fato de que 59% da receita da reciclagem ficou concentrada justamente nesse grupo.
Um dado de destaque do censo é a consolidação da circularidade do PET. Pela primeira vez, a principal aplicação do material reciclado foi a produção de preformas e novas embalagens, com 37% do volume sendo destinado a esse fim. Esse movimento, conhecido como bottle-to-bottle, permite que uma garrafa reciclada volte ao mercado como uma nova garrafa, mantendo o grau alimentício e promovendo um ciclo contínuo de reaproveitamento. Outras aplicações relevantes do PET reciclado em 2024 incluíram o setor têxtil (24%), a indústria química (13%), a fabricação de bobinas e lâminas (13%) e de fitas de arquear (10%).
Ao analisar a evolução do uso do PET reciclado em embalagens, observa-se um crescimento consistente nos últimos anos. Em 2019, apenas 24% do material reciclado retornava ao mercado como embalagem. Esse percentual subiu para 29% em 2021 e atingiu 37% em 2024, sinalizando uma transformação positiva na forma como a indústria tem valorizado o material reciclado.
A realização do censo, encomendada pela ABIPET e conduzida por consultoria independente, contou com a participação de 142 empresas, responsáveis por 84% do total reciclado no país. Ao mapear com profundidade a realidade da cadeia produtiva, o estudo fornece dados fundamentais para orientar políticas públicas, fomentar pesquisas e direcionar investimentos com foco em sustentabilidade.
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